sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aula prática

Era suposto vermos o vídeo das nossas simulações iniciais, para que pudéssemos ter noção do que fizemos mal e ouvir os comentários da formadora sobre a nossa "prestação". No entanto, a lição que retirámos ontem é a de que nunca se deve subestimar a Lei de Murphy e que os pesadelos acontecem na vida real!

Para começar, o ar condicionado não estava, uma vez mais, a funcionar. Tendo em conta os 35 graus que têm estado, o resultado é sentirmo-nos como se estivéssemos numa sauna, o que não é obviamente o ambiente mais adequado para a estimulação intelectual!

A formadora estava com uma dor de cabeça horrível, fazendo-lhe impressão a sua própria voz!

A placa de som do computador da sala estava avariada, pelo que foi preciso a formadora trazer o seu portátil, que, por sua vez, não tinha leitor de CD’s. Foi-se buscar um leitor externo. Ao ligar os aparelhos todos, deu-se uma incompatibilidade qualquer que crashou o portátil. As várias tentativas de reanimação não tiveram qualquer sucesso. Felizmente, um colega tinha levado o seu e emprestou-o para o efeito, mas o seu media player não lia ficheiros AVI (?!). Lá se descobriu um outro programa que conseguisse levar a cabo essa função, mas desta vez, foi o som que nos surpreendeu: era praticamente inaudível, mesmo com colunas externas ligadas e com o volume no máximo!

Optou-se então por passar para o método mais tradicional e usar uma televisão, o que obrigou a mudar a disposição da sala. Depois, chegou-se à conclusão que não havia nem extensão, nem a ficha dupla necessária. Três minutos mais tarde, o problema estava ultrapassado. Quando finalmente se conseguiu ligar a mesma, aparece uma mancha vermelha no canto superior direito e uma contagem decrescente no ecrã. Medo.

As simulações nunca chegaram a aparecer no ecrã, mas a televisão não explodiu, o que foi claramente positivo. Tivemos que voltar a arrumar tudo.

Por esta altura, eu já não conseguia parar de rir. A formadora estava completamente desnorteada e com razão. Já tinha passado uma hora e dez e nós ainda não tínhamos feito rigorosamente nada! Fomos para intervalo.

Durante esse período e graças à ajuda de um dos formandos que é informático, o portátil da formadora voltou a si e lá se conseguiu montar tudo. O som continuou péssimo, dando-nos a sensação que estávamos a assistir a um filme mudo, mas já ninguém ousou dizer fosse o que fosse!

Assistimos a nove simulações… Ao chegar à última, a formadora dá-se conta que lhe faltam cinco! As feições da cara dela, já martirizadas pela enxaqueca e pelas falhas tecnológicas consecutivas, eram agora de pânico e de incredulidade! Desapareceu para a secretaria, que aquela hora, já só tem um funcionário incumbido apenas de fechar a porta quando todos saímos, e voltou de lá com a triste notícia de que o informático do Centro tinha estado a mexer nos computadores e que, por isso, não tinha tido tempo de transferir os ficheiros para um CD, pelo que não iríamos poder continuar!

Como já eram 10 para as 11, eu não me importei nada, mas foi de facto chato para os que tiveram que “gramar” esta aula absolutamente surreal, sem sequer terem oportunidade de se ver, se bem que lhes foi garantido que isso iria acontecer na próxima aula!

Eu nunca tinha presenciado tanto azar tecnológico na minha vida. Se eu fosse a formadora, benzer-me-ia!

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